ALECRIM
ALECRIM - Rosmarinus officinalis
O Alecrim, cujo nome oficial é Rosmarinus Officinalis, é um arbusto comum originário da região do Mediterrâneo e devido ao seu aroma característico os romanos designaram-no como "rosmarinus" que significa orvalho do mar.
Um pouco de história: Ao longo da história, o alecrim sempre teve seu lugar de importância, inclusive nas cerimônias religiosas pagãs e nos funerais, razão pela qual, era uma planta aromática venerada. O alecrim deixou portanto, vários traços na nossa história, os egípcios, por exemplo, o utilizavam nas cerimônias de embalsamamento e colocavam seus ramos dentro dos sarcófagos dos faraós a fim de ajudá-los a fortalecer a alma antes de passarem para o outro mundo. Para os romanos simbolizava o amor e a morte, por isso era plantado à soleira das portas. Já os estudantes gregos, faziam uma coroa e o usavam no intuito de melhorar suas capacidades intelectuais. Os casais usavam-no também como coroa durante o casamento, representando o amor e a fidelidade, enquanto os convidados recebiam ramos enfeitados com fitas coloridas. Era usado também sob os travesseiros para afastar pesadelos e maus espíritos. Na epidemia da peste, o alecrim ficou muito popular, pois os ramos eram queimados em fogueiras para purificar o ar e o usavam também como sachê, preso às vestes e rente ao corpo, para purificar o ar quando aspirado.
Conta-se ainda, que a cor natural da flor do Alecrim era branca e que Maria, mãe de Jesus, teria coberto com seu manto azul um pé de alecrim que crescia na porta do estábulo, e que a partir desse dia todas as flores tornaram-se azuis, e finalmente, porém não menos interessante, a história da "Água da Rainha da Hungria". A história conta que o álcool do alecrim (primeira água de colônia a ser feita com álcool), teria não somente ajudado a curar a rainha Isabelle, setuagenária, a qual sofria de gota e reumatismo vivendo presa à cama a se livrar da doença, como também teria lhe trazido a juventude e o amor na pessoa do Rei da Polônia que a pediu em casamento.
Na cozinha: Começou a ser usada há mais de 500 A.C. pelos gregos e romanos. O Alecrim é uma erva doce e amarga, de odor canforado, bastante utilizada nos pratos da cozinha mediterrânea. Podemos usar em quase tudo, desde pães, sopas, legumes, molhos para massas, peixes, batatas, aves, carnes vermelhas até em sobremesas com0 cremes, sorvetes, caldas e compotas.
Poderíamos ficar aqui por horas falando sobre cada uma das ervas e especiarias e viajando através do tempo a épocas remotas e nos deleitando com todas essas histórias mágicas dos sabores e as superstições que envolviam cada uma delas, as quais não são poucas, eu garanto.
Sabor: possui um gosto adocicado, apimentado e canforado.
Propriedade medicinais: Utilizada na indústria alimentícia, cosmética e na perfumaria. Atua na função digestiva, principalmente no trabalho da vesícula. Possui propriedades espasmódicas, ação estimulante sobre o sistema nervoso, além das propriedades bactericidas e anti-inflamatório natural.
Conservação: se fresco, poderá ficar dentro de um copo com água por 3 a 4 dias. Seco, em vidros fechados ao abrigo da luz, e congelado: retire as folhinhas e coloque em formas de gelo com água e leve ao congelador, dessa forma, você sempre os terá fresco para as suas receitas.
Receita Relâmpago: Coquetel com alecrim
Coloque em uma coqueteleira: um ramo de alecrim e dê uma machucada, adicione 15 ml de suco de limão, 15 ml de melado, 30 ml de suco de manga, 30 ml de rhum. Misture tudo muito bem, cõe e sirva em copo de DRY MARTINI.
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