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Foto do escritorvaleria rodrigues alves

HOT CROSS BUNS



Boa noite!

Pelo avançada da hora, vou direto a um pouco de história, lembrando apenas que seria ótimo chamar as crianças para participarem da confeção desses pãezinhos. Então, pais, tias e avós que tal se animarem?

HOT CROSS BUNS

Tradicionalmente reservado às Sextas-Feiras Santas, o HOT CROSS BUNS faz parte da tradição de Páscoa Inglesa e outros Países da Europa. Mesmo sendo vendido ao longo do ano, esse pequeno brioche tem uma história rica e simbólica cuja tradição continua até os dias de hoje. Eles são feitos com frutas, temperados com especiarias e são servidos quentes, cortados ao meio e besuntados de manteiga acompanhados de chá na Inglaterra, e na Irlanda café, chá e até mesmo cerveja.

A ORIGEM PAGÃ E O SÍMBOLO CRISTÃO

Esses pequenos brioches com o desenho de uma cruz têm uma longa história e sua origem remonta bem antes da era cristã: à época pagã, onde era feito para celebrar o equinócio da primavera. Esses pequenos bolos eram oferecidos à EOSTRE, deusa saxã da fertilidade. O nome “Eostre” deu origem provavelmente à palavra “Easter”, Páscoa em Inglês. O sinal da cruz, cujo símbolo hoje está ligado ao cristianismo representava, naquele tempo, as quatro fases da lua. Mais tarde, a Igreja construída sobre essas crenças antigas, as adaptou associando-as ao desenho da cruz de Cristo. Diz a lenda que o hot cross buns surgiu no século XII quando um monge anglicano colocou sobre os pequenos pães um sinal da cruz a fim de festejar a Sexta-Feira Santa, antes da ressurreição da Páscoa, então conhecido como o Dia da Cruz. No século XIV, o frei Thomas Rockcliffe iniciou a tradição de distribuir esses pequenos pães de especiarias, marcados com o sinal da cruz aos pobres que visitavam o mosteiro de St Albans em Hertfordshire, na Sexta-Feira Santa.

Segundo a tradição, somente os hot cross buns eram autorizados a serem comidos pelos fiéis na Sexta-Feira Santa. Feito da mesma massa do pão consagrado utilizado nas missas, eles eram relacionados ao Corpo de Cristo e a eles também eram creditados poderes miraculosos e protetores.

Entretanto a tradição é abalada no século XVI. A rainha protestante Elisabeth I, última representante da dinastia dos Tudors, tenta banir os brioches, uma reminiscência do catolicismo cristão. Mas diante de sua popularidade, ela resolve finalmente aprovar uma lei autorizando sua utilização apenas em cerimônias religiosas importantes, como funerais, Páscoa ou Natal.

A fim de burlar a lei, mais e mais pessoas começaram a fazê-lo em suas casas. Não somente aumentaram a popularidade, tornando a lei difícil de ser aplicada que finalmente foi anulada.

Superstições sobre os hot cross buns feitos na Sexta-Feira Santa

Existem muitas histórias que indicam que esses pães são feitos nesse dia santo por conta das superstições. Uma de suas histórias conta que os pequenos pães cozidos nesse dia e pendurados no teto de uma casa afastavam os maus espíritos durante o ano. Uma outra diz que esse pães protegiam os marinheiros de um naufrágio.

Distribuído pelos vendedores ambulantes que avisavam os passantes de sua presença com seus gritos e suas canções, os pequenos pães inspiraram uma rima, ainda hoje conhecida pelas crianças na Inglaterra:

Hot cross buns! Hot cross buns! One a penny two a penny - Hot cross buns If you have no daughters, give them to your sons One a penny two a penny - Hot cross buns

cuja tradução é:

Bolinho quente da cruz! Bolinho quente da cruz!

Um um centavo dois um centavo

Se você não tem filhas, dê aos seus filhos

Um um centavo dois dois centavos – Bolinho quente da cruz

Finalizando, hoje, como disse no início os hot cross buns são apreciados durante o ano todo. No entanto, seu significado religioso com o desenho da cruz, símbolo da crucificação, tornou-se um produto essencial na Páscoa. Normalmente, eles continuam a ser servido no café da manhã de sexta-feira.

 

HOT CROSS BUNS

Ingredientes:

4 xícaras de chá de farinha de trigo

1/3 de xícara de chá de açúcar

2 colheres de chá de especiarias (canela, cravo, noz moscada, gengibre, etc.)

7 gr de fermento seco ou 2 colheres de chá

200 gr de frutas secas

1 pitada de sal

1 /12 xícara de chá de leite morno

60 gr de manteiga derretida

1 ovo (levemente batido)

2 colheres de sopa de geleia de damasco derretida

Cruz:

1/3 de xícara de chá de farinha de trigo

1/4 xícara de chá de água

Modo de fazer:

Em um bowl coloque todos os ingredientes secos.

À parte derreta a manteiga, junte o ovo e o leite.

Faça um buraco no meio dos ingredientes secos e despeje os líquidos.

Misture com uma colher de pau até que a massa fique pegajosa.

Em seguida coloque sôbre a mesa de trabalho polvilhada com farinha de trigo e trabalhe a massa até desgrudar das mãos, aproximadamente 10 minutos.


Transfira novamente para um bowl, cubra e deixe crescer até dobrar o volume.

Assim que tiver crescido, transfira novamente para a mesa de trabalho, e baixe a massa com a palma da mão.

Divida-a em porções do mesmo tamanho e role cada uma delas sobre a mesa formando uma bola e achatando-as levemente.

Disponha-as na assadeira untada e polvilhada com farinha.

Enquanto isso, misture os ingredientes da cruz.

Coloque essa massa em um saquinho fazendo um pequeno corte na ponta e em seguida esprema sobre os pães formando uma cruz.

Derreta a geleia e pincele os pãezinhos nos espaços entre a cruz.


Deixe crescer novamente.

Pré aqueça o forno a 200°C.e leve a assadeira ao forno assim que os pãezinhos estiverem crescidos, por aproximadamente 25 minutos.


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